"Contornos da Crença" é um
projeto com visão e expressão coletiva que reúne Matt Sheridan (videos), Ana
Paula Bringel (pesquisa) e Juninho Costa (sound design) sob a curadoria
artística de Andrea May.
Um projeto plural em linguagens que busca um único mote: tornar visível a marca tênue da cultura da Bahia na sua realidade física urbana e para isso utiliza um caminho mais poético, iluminando suas construções e vias de acesso à informação visual. Assim, propomos um canal múltiplo de pintura-movimento-historicidade-sonora chamado "Contornos da Crença" que explora o estruturalismo espiritualizado em Salvador, Bahia, Brasil.
Sua realização prevê três projeções simultâneas em fachadas arquitetônicas com ações e movimentos em sincronia. Marcas de pinturas que se movem contrastando com seu complexo arquitetônico, seja ele contemporâneo ou colonial, habitando uma zona por onde texturas e cores movem-se para re-definir as bordas geométricas em formas únicas, sólidas e impactantes.
Enquanto esteve na residência artística no Instituto SACATAR em Itaparica, o artista norte-americano Matt Sheridan visitou Salvador algumas vezes e teve a oportunidade de conhecer melhor os principais pontos turísticos da cidade. Ele revisitou lugares em que havia estado em sua viagem anterior e ficou encantado com os contraste provocados pelo crescimento em torno de seu patrimônio. Desde então era notória sua vontade de conectar-se artísticamente com aqueles que viviam esta realidade que tanto o fascinava e, apesar de sua falta de habilidade na língua portuguesa, Matt acabou desenvolvendo uma sensibilidade especial com o espaço no qual conviveu nesse período através de outros sentido e assim sua capacidade de observação foi inteiramente intensificada. Logo, sua intuição e curiosidade foram caracteristicas determinantes na escolha como parceiro ideal para este projeto.
O encontro entre Ana Paula Bringel e Matt Sheridan ocorreu quando o mesmo participou da II Mostra Internacional de Portfolios do VISIO. em Salvador, coordenado por Andrea May, que, automaticamente foi integrada a este projeto. Na época, Ana Paula desenvolvia uma linha de pesquisa vinculada à história da moda e tradições afro-brasileira como estudante integrante do NEPAUR (Núcleo de Ensino, Extensão e Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo) sob a orientação da conceituada Professora Dra. Marcia Couto Mello. O trabalho com foco nas Baianas de Acarajé, através dos seus registros fotográficos, alertava para as possíveis modificações no espaço urbano provocadas pela fixação desse personagem iconológico, bem como sua interferência direta ou indireta, na arquitetura da cidade.
O Candomblé cultuado na Bahia é o muito forte e impactante além de causador de um fluxo energético que tramita entre a principalmente pela sua capital, influenciando o planejamento urbano: construção, tráfego e reencaminhamento na cidade. Circulando pelo Centro Histórico, Campo Grande, Comércio, Vitória, Graça, Barra, Federação até o Rio Vermelho, observamos um diálogo com os misticismos ritualísticos desta religião e a Baiana do acarajé, alimento popular de rua ritualizado no Candomblé como refeições para Orixás (divindades), é um dos exemplos de como a religiosdade pode interferir na paisagem imagética da cidade, fundindo-se ao espaço urbano de tal forma, que torna-se impossível dessassociálos.
Projetada sobre três surfícies, Contornos da Crença transforma uma vista fragmentada, compostas por diferentes fachadas, em uma única imagem, prevendo a construção de um cenário único composto pela aquitetura diferenciada das fachadas utilizadas. Formas e bordas duras afetadas e re-desenhadas por marcas de ação de pintura em cores e movimentos evidenciando essa distinta formação de organização urbana pela crença que observamos em Salvador.
Um projeto plural em linguagens que busca um único mote: tornar visível a marca tênue da cultura da Bahia na sua realidade física urbana e para isso utiliza um caminho mais poético, iluminando suas construções e vias de acesso à informação visual. Assim, propomos um canal múltiplo de pintura-movimento-historicidade-sonora chamado "Contornos da Crença" que explora o estruturalismo espiritualizado em Salvador, Bahia, Brasil.
Sua realização prevê três projeções simultâneas em fachadas arquitetônicas com ações e movimentos em sincronia. Marcas de pinturas que se movem contrastando com seu complexo arquitetônico, seja ele contemporâneo ou colonial, habitando uma zona por onde texturas e cores movem-se para re-definir as bordas geométricas em formas únicas, sólidas e impactantes.
Enquanto esteve na residência artística no Instituto SACATAR em Itaparica, o artista norte-americano Matt Sheridan visitou Salvador algumas vezes e teve a oportunidade de conhecer melhor os principais pontos turísticos da cidade. Ele revisitou lugares em que havia estado em sua viagem anterior e ficou encantado com os contraste provocados pelo crescimento em torno de seu patrimônio. Desde então era notória sua vontade de conectar-se artísticamente com aqueles que viviam esta realidade que tanto o fascinava e, apesar de sua falta de habilidade na língua portuguesa, Matt acabou desenvolvendo uma sensibilidade especial com o espaço no qual conviveu nesse período através de outros sentido e assim sua capacidade de observação foi inteiramente intensificada. Logo, sua intuição e curiosidade foram caracteristicas determinantes na escolha como parceiro ideal para este projeto.
O encontro entre Ana Paula Bringel e Matt Sheridan ocorreu quando o mesmo participou da II Mostra Internacional de Portfolios do VISIO. em Salvador, coordenado por Andrea May, que, automaticamente foi integrada a este projeto. Na época, Ana Paula desenvolvia uma linha de pesquisa vinculada à história da moda e tradições afro-brasileira como estudante integrante do NEPAUR (Núcleo de Ensino, Extensão e Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo) sob a orientação da conceituada Professora Dra. Marcia Couto Mello. O trabalho com foco nas Baianas de Acarajé, através dos seus registros fotográficos, alertava para as possíveis modificações no espaço urbano provocadas pela fixação desse personagem iconológico, bem como sua interferência direta ou indireta, na arquitetura da cidade.
O Candomblé cultuado na Bahia é o muito forte e impactante além de causador de um fluxo energético que tramita entre a principalmente pela sua capital, influenciando o planejamento urbano: construção, tráfego e reencaminhamento na cidade. Circulando pelo Centro Histórico, Campo Grande, Comércio, Vitória, Graça, Barra, Federação até o Rio Vermelho, observamos um diálogo com os misticismos ritualísticos desta religião e a Baiana do acarajé, alimento popular de rua ritualizado no Candomblé como refeições para Orixás (divindades), é um dos exemplos de como a religiosdade pode interferir na paisagem imagética da cidade, fundindo-se ao espaço urbano de tal forma, que torna-se impossível dessassociálos.
Projetada sobre três surfícies, Contornos da Crença transforma uma vista fragmentada, compostas por diferentes fachadas, em uma única imagem, prevendo a construção de um cenário único composto pela aquitetura diferenciada das fachadas utilizadas. Formas e bordas duras afetadas e re-desenhadas por marcas de ação de pintura em cores e movimentos evidenciando essa distinta formação de organização urbana pela crença que observamos em Salvador.
"Contornos da
Crença" conecta-se à música experimental associada à pintura abstrata em
movimento para fazer o público refletir poeticamente sobre sua maneira do
planejar e vivenciar a urbanidade em Salvador. A Bahia é única em comparação ao
resto do mundo pela forma como sua espiritualidade molda a sua capital. Muitos
projetos importantes que existem em toda a Bahia comemoram aspectos históricos
da nossa espiritualidade porém "Contornos da Crença" busca expandir esta
tradição, explorando nosso estruturalismo espiritual no aqui-e-agora usando a
arte contemporânea e tecnologia a seu favor em locais enraizados no passado
olhando em direção a um futuro brilhante. Mais importante ainda, o projeto visa
mostrar como as atitudes em relação ao conceito passado-presente-futuro não só
pode coexistir, mas também reverenciar e inspirar uns aos outros. A arquitetura
é comprada e vendida, reformada e recolocada ou infundida com nova motivação.
Vemos isso em cerimônias do candomblé de iniciação. Como numa metáfora,o novo
edifício que surge entre o velho é influenciado pelo que outras estruturas estão
à sua volta - as influências que podem ser reativas, complementares ou apenas
indiferente.
Desta forma, a projeção de "Contornos da Crença" será feita sob medida para sua localização,
o núcleo de seu conteúdo final será um lugar especifico, que contemple toda a
filosofia e que seja fruto da pesquisa executada para este propósito em
coletivo.